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do livro
AMOA/96 - DALLAS GAMES NEWS Nº 41 - JUL/AGO/96
A última AMOA aconteceu em Dallas, no Texas, entre os dias 26 e 28 de setembro. A feira é promovida pela The Amusement & Music Operators Association, que reúne cerca de 1.700 associados entre operadores, distribuidores, fabricantes de equipamentos de diversões e "vending machines". Começou em 1948 quando era só uma associação de operadores de Juke Box. Chamava-se então Music Operators Association - MOA. Em 1976 seu nome mudou para AMOA incluindo todo o ramo de diversões. Já foi uma feira muito importante, um acontecimento para o ramo. Agora, infelizmente, vem se reduzindo de ano para ano: pouco mais de 200 empresas, na sua maioria com pequenos estandes montados de forma extremamente econômica — carpete no chão e algumas máquinas em cima, evitando grandes investimentos. O que acontece com a AMOA reflete um problema mundial. O ramo precisa na verdade de poucas feiras estrategicamente localizadas. Algumas há que já se firmaram como indispensáveis para expositores e visitantes que estejam integrados à tendência mundial de globalização: ATEI em Londres, IMA em Frankfurt, JAMMA no Japão, IAAPA nos Estados Unidos, SALEX em São Paulo. Cada uma delas, à sua maneira e em consonância com os respectivos mercados locais, cumpre uma função. São exposições necessárias e... não precisam de concorrentes. Várias feiras americanas vêm se reduzindo em tamanho e importância. Estão mais voltadas para o mercado local num momento em que a produção e o consumo de equipamentos abrem novos caminhos pelo mundo. Concorrem entre si e enfrentam problemas de todo tipo. A penúltima AMOA, em setembro do ano passado, em New Orleans, chegou a ser invadida pela polícia que apreendeu equipamentos e fechou alguns estandes. A primeira coisa que se nota na feira de Dallas é a significativa presença de brasileiros e latino-americanos em geral. São operadores e distribuidores que atuam num dos mercados mais promissores do mundo — um enorme continente que, cada vez mais, tende à estabilidade política e econômica. As tendências da feira são as mesmas já constatadas na SALEX há cerca de dois meses. Quanto aos simuladores cada empresa que se preze já tem um ou mais modelos de carrinhos do tipo Daytona e, agora, pelo menos um simulador do tipo Ski, Jet Ski, prancha de surf ou alguma coisa parecida: a KONAMI com o Wave Shark, a NAMCO com AquaJet e o Alpine Surfer entre outros. A ATARI apresentou seu novo simulador de corridas, San Francisco Rush, que, o nome já diz, usa como ambiente as ruas de San Francisco. Outra máquina lançada pela ATARI é o videogame Wayne Gretzky’s 3Dhockey, um rapidissimo e emocionante jogo de hockey. A novidade mais significativa no setor de videogames vem da ARISTO INTERNATIONAL. A empresa, dirigida pelo seu fundador, Mouli Cohen, desenvolve sistemas e jogos para serem distribuídos via Internet. O usuário escolhe qualquer jogo disponível na rede e pode até jogar com outra pessoa em outro lugar do mundo. Não depende dos jogos somente disponíveis no local. Quando essa tecnologia estiver devidamente implantada não haverá mais necessidade de deslocar equipamentos, trocar placas, cartuchos ou seja lá o que for. Como já disse nessa mesma revista, em matéria do número anterior, esse é o único futuro possível para o videogame. A mesma empresa desenvolveu também uma Juke Box virtual. Isto é, uma máquina que vai buscar as músicas pedidas diretamente via Internet. Assim, as opções disponíveis passam longe da casa dos milhares. No próximo século ninguém mais vai guardar CDs dentro de Juke Box. Isso vai ser coisa do milênio passado (este). Na verdade não é possível, a cada feira, falar de novidades. O número de exposições anuais de equipamentos de diversões no mundo é muito grande. Já perdi a conta mas devem ser mais de cinqüenta. Empresário algum pode passar o ano todo rodando, voando, expondo ou visitando feiras. Para o expositor, participar de um evento desse tipo representa deslocamento de equipamentos em geral volumosos e pesados, deslocamento e treinamento de pessoal, montagem de estante etc. Para o visitante, exigiria uma vocação de nomadismo que, felizmente, o ramo não tem. |
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